quinta-feira, 13 de novembro de 2014
ATÉ QUANDO CONSEGUIRÃO BLINDAR LULA?
Doleiro Youssef afirma que o ex-presidente usou
o propinoduto da Petrobras.
A Polícia Federal está de posse de uma sequência de e-mails
que
reforçam a suspeita de que a agência de propaganda e marketing Muranno
Brasil recebeu R$ 1,7 milhão do esquema de corrupção e propina na
Petrobrás.
Essa nova linha de investigação da Operação Lava Jato
pode
atingir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
e o ex-presidente da
estatal petrolífera José Sérgio Gabrielli,
citados pelo doleito Alberto
Youssef como ordenadores do pagamento à Muranno.
Os e-mails que a PF analisa foram trocados entre o empresário Ricardo
Villani,
dono da agência de propaganda, o ex-gerente de Comércio de
Álcool
e Oxigenados da Petrobrás Sillas Oliva Filho e outros
funcionários da estatal,
entre 2006 e 2009. A Muranno foi apontada por
Youssef
como uma agência contratada pela
Petrobrás com dinheiro não contabilizado.
Credora de cerca de R$ 7
milhões, a Muranno teria pressionado
o governo Lula para receber valores
atrasados.
O doleiro está fazendo delação premiada junto
à força tarefa
de procuradores da República que investigam a Lava Jato.
Em 2010, segundo o doleiro, o dono da empresa teria ameaçado
denunciar
os esquemas de corrupção e propina na estatal controlado pelo
PT, PMDB e PP
e que abasteceu também o PSDB e o PSB. Youssef afirmou
que Lula soube da ameaça, na época, e teria
determinado
a Gabrielli que usasse o dinheiro “das empreiteiras”
–
denunciadas na Justiça Federal por causa das obras da refinaria Abreu e
Lima
– para resolver a pendência. O ex-presidente da Petrobrás
teria
procurado por Costa, que determinou a Youssef o pagamento.
Segundo o doleiro, que aceitou dizer o que sabe
em troca de redução
de pena, foi ele quem pagou R$ 1,7 milhão
à Muranno entre dezembro de
2010 e janeiro de 2011, a pedido de Costa.
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